sexta-feira, 27 de março de 2015

Câncer e iodoterapia

Após descobrir pela biópsia que o nódulo da tireoide era um câncer, era preciso verificar se precisaria de algum tratamento. O tratamento nesse caso seria a iodoterapia. Nesse tratamento  recebe-se uma quantidade de iodo radioativo por via oral. Para isso é preciso que o paciente fique isolado por um tempo para evitar a contaminação dos outros. É um tratamento relativamente simples, sem grandes efeitos colaterais, mas de qualquer forma uma agressão ao organismo.
 
No meu caso, pelo que eu havia pesquisado, achei que eu não precisaria. O meu tumor era bem pequeno e como havia sido retirada toda a tireoide e ainda uma margem de segurança com alguns linfonodos o que a internet dizia era que normalmente a iodo não era indicada. Minha endócrino, porém, me indicou que fizesse. Segui a orientação dela e marquei para um tempo depois. Desde a cirurgia eu não estava tomando o hormônio da tireoide ainda, pois para fazer esse tratamento era preciso estar há um tempo sem tomar. Assim, vivi por esse tempo com os sintomas do hipotireoidismo, mas nada que me atrapalhasse muito.
 
A iodo estava marcada, mas eu não me conformava. A maioria do que eu havia lido ia em desacordo com a minha médica. Sei que muitas pessoas passam pela iodo tranquilamente, mas eu não queria fazer um tratamento sem necessidade e ainda havia um outro motivo. Na verdade eu estava sofrendo muito por ter que fazer a iodo pois após o tratamento eu precisaria esperar um ano antes de engravidar. Eu já queria tanto esse bebê e minhas tentativas já haviam sido interrompidas pela descoberta do câncer e pela cirurgia, não queria ter que esperar mais um ano.
 
Decidi procurar um outro médico que é médico da minha família e que me disse que ele não considerava indicado fazer a iodo no meu caso, pois a agressão ao meu organismo não compensava o risco de não fazer. Me indicou uma outra endócrino que teve a mesma opinião dele. Fiquei livre da iodo!!!! Agora era esperar o hormônio estar regularizado e eu poderia voltar a tentar.
 

quarta-feira, 25 de março de 2015

Fases interrompidas por um susto

Antes de parar de tomar a pílula já havia ido à ginecologista para verificar se estava tudo bem e em julho/13 decidi fazer um check up para ter certeza de que eu estava bem para receber o bebê. Descobri que não estava!

A médica pediu, entre outros exames, um ultrassom de tireóide. No exame apareceram dois nódulos. Não me preocupei muito, pois o médico que fez o exame disse que era comum. Ao levar para a médica, ela preferiu me encaminhar para uma endocrinologista, que pediu uma punção. O resultado foi uma suspeita de câncer de tireóide e fui encaminhada para uma tireoidectomia (cirurgia de retirada total da tireóide).

Foi um susto muito grande! Eu nunca havia tido nenhum problema mais sério de saúde, nunca tinha sido internada ou feito qualquer cirurgia. Agora eu tinha uma suspeita de câncer e precisava ser operada! Eu estava muito otimista e acreditava que após a cirurgia o câncer não seria confirmado. O que já sabia é que ficaria sem a tireóide e precisaria tomar hormônios pelo resto da vida.

Fui muito tranquila para a cirurgia e tudo correu bem. O corte foi bem pequeno e me recuperei bem. Tive dormência e precisei rêpor cálcio. Precisei ficar alguns dias sem falar, me comunicando por escrito ou por mímica para evitar uma rouquidão permanente. Senti pouca dor. Nada de muito traumático.

Após alguns dias fui buscar o resultado da biópsia. Era um câncer!

segunda-feira, 23 de março de 2015

Fase 3- A fase da neurose

Antes de tudo, quero explicar que essas fases não são padrões, foram as minhas fases. Acredito que cada uma encara esse momento de tentativas de uma forma e isso pode ser influenciado, por exemplo, pela idade ou o tamanho da expectativa. Fora que algumas sortudas não passam por nada disso e, no primeiro mês de tentativa, já recebem um positivo no teste.

Esqueci de contar que meu marido e eu não contamos a ninguém que estávamos tentando para não criar expectativas. Foi uma boa escolha, mas não diminuiu a ansiedade.

Bem, voltando às fases, minha terceira fase foi a da neurose. Comecei a, além de marcar o período fértil, verificar minha temperatura, pois eu havia lido que ajuda a determinar o dia exato da ovulação. Inventava desculpas para mudar o dia de pintar meu cabelo por medo de já estar grávida sem saber e prejudicar o neném. O mesmo acontecia com as atividades físicas, que também fazia com todo cuidado por medo de já estar grávida. Fazia testes de gravidez até mesmo antes do atraso de tanta ansiedade! Enfim, surtei! E não, em nenhum desses meses eu estava grávida...

domingo, 22 de março de 2015

Fase 2: Não mais tão relaxada

Após retornarmos da viagem, que foi excelente por sinal, decidi retomar as tentativas, mas na mesma ilusão de que ,se eu não me prevenisse, aconteceria. Isso durou apenas 1 mês!!! Já era abril/13 e resolvi começar a marcar o período fértil, afinal já havia uma pressão em relação à idade. Muita coisa mudou  quanto ao limite ideal de idade para engravidar, mas eu já estava com 32 anos e minha  médica já vinha sugerindo que eu não esperasse muito mais tempo.
Instalei um aplicativo no celular para acompanhar o período fértil e já comecei as pesquisas na internet e com as milhões de dúvidas:
- Começo a contar o primeiro dia da menstruação pela borra de café ou pelo sangue vermelho vivo?
- As relações sexuais devem acontecer em todos os dias do período fértil ou em dias alternados?
E como essas várias outras! Na verdade não consegui ter certeza de nada, mas segui a orientação do que era maioria.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Fase 1- A decisão de engravidar

No final de 2012 eu havia acabado de completar 32 anos e estava com 3 anos de casada. Planejava engravidar mais ou menos nessa época para que eu pudesse aproveitar o início do casamento, me adaptar à vida de casada, viajar.

Até então eu fazia planos para a minha vida e conseguia realizá-los. Entrei na faculdade, me casei, tudo na época que eu pretendia. Agora, na hora de ter filhos, a vida veio me ensinar que nem sempre é assim.

Bem, decidi então começar as tentativas nessa época, mas sem pretensões, simplesmente parei de tomar pílula. Cerca de 1 mês depois meu marido e eu fechamos uma viagem internacional para um hotel all inclusive e decidimos então pausar os planos e esperar a volta da viagem. Optei por voltar a prevenir pois achei que não seria bom fazer essa viagem em um início de gravidez e para podermos aproveitar melhor o que poderia ser nossa última grande viagem antes de ter filhos. Nessa época eu pensava que com pouco tempo sem a pílula eu já estaria grávida. Quanta ilusão!!!!



quinta-feira, 19 de março de 2015

Por que estou aqui?

Oi! Estou há um pouco mais de 2 anos decidida a ter um filho. Isso ainda não aconteceu... Criei o blog para contar a vocês minha história e para tentar criar forças para continuar. Espero que ao compartilhar e através dos comentários de vocês isso seja possível.

Por enquanto sigo em busca desse sonho e vou contar nos próximos posts como cheguei até aqui e tudo o que for acontecendo daqui para a frente.

Bem-vindos!