quinta-feira, 30 de abril de 2015

Ovulação tardia ou gravidez anembrionária?

Depois de todo o problema e o mau presságio do ultrassom de emergência que fiz na viagem era hora de fazer o ultrassom com a minha médica e pelo tempo de gestação já deveria aparecer o embrião. Bem, não foi o que aconteceu... Ela viu apenas o saco gestacional vazio, sem embrião e sem vesícula vitelina. Ela pediu que eu não me desesperasse pois poderia ter havido uma ovulação tardia e eu poderia estar com menos tempo de gestação do que imaginava, mas que também poderia ser uma gravidez anembrionária (ou anembrionada, cada um usa um termo). Nunca tinha ouvido falar sobre isso!!!! Ela me explicou e depois também fui buscar ajuda no google que é uma gravidez em que o embrião não desenvolve, mas as outras partes do processo demoram a perceber, então o Beta HCG sobe, a mulher sente os sintomas, o saco gestacional se desenvolve, tudo como se a gravidez fosse prosseguir normalmente.
 
A médica me disse que faríamos outro ultrassom na semana seguinte e que se o embrião não tivesse aparecido seria confirmada a gravidez anembrionária. Eu e me marido não conseguíamos acreditar! Toda a felicidade que estávamos sentindo, a relação que já tínhamos com o bebê (conversávamos com ele, colocávamos música para ele escutar, eu vivia com a mão na barriga fazendo carinho) poderia ser apenas uma ilusão, poderia ser que na realidade não houvesse embrião... Ficamos muito preocupados, mas eu ainda estava confiante. Li vários casos na internet sobre ovulações tardias e que depois a gravidez se desenvolveu normalmente e me apeguei a isso, quis acreditar que esse também era o meu caso e que na semana seguinte o embrião apareceria. Meu marido já estava mais com o pé atrás. Ainda havia esperança e novamente precisaríamos aguardar... Novamente dias de angústia e de muita pesquisa na intenet.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Ultrassom de emergência

Cerca de 1 semana após a volta da viagem do Rio estava tudo bem, eu não havia mais tido nenhum sangramento e precisei fazer uma viagem a trabalho que duraria 3 dias. no segundo dia em que eu estava lá tive um sangramento, foi pouca quantidade, mas dessa vez era vermelho vivo. Fiquei desesperada. A sorte é que, para que eu não fosse sozinha, minha mãe me acompanhou nessa viagem. Eu fiquei tão apavorada quando vi o sangue que não conseguia fazer nada. Ela que teve que ligar para a minha médica e explicar o que estava acontecendo. A médica orientou que eu fizesse um ultrassom no mesmo dia.

Além do que eu estava passando, ainda estava em uma cidade em que eu não conhecia nada, não tinha nenhuma referência de médicos, clínicas, nada. Explicamos a situação no hotel e eles nos ajudaram a encontrar telefones de clínicas e hospitais em que eu pudesse conseguir o exame. Por sorte conseguimos uma clínica que me atenderia naquela mesma manhã.

Fui fazer o exame preocupada, mas ainda esperançosa de que pudesse não ser nada grave. Ainda estava chateada pois faria meu primeiro ultrassom sem meu marido junto, mas não podia nem reclamar, pois graças a Deus minha mãe tinha ido comigo, pois não sei como seria se eu estivesse sozinha.

No ultrassom o médico foi muito seco e me disse que havia um hematoma no meu útero e que ele estava bem próximo ao saco gestacional. Que ainda não dava para ver o embrião, mas como ainda tinha pouco tempo poderia ser que ele ainda não estivesse visível. Disse que a proximidade do hematoma com o saco gestacional era bem preocupante e que ainda não era uma perda, mas tinha grande chance de acontecer. Meu mundo caiu! Fiquei aos prantos na recepção da clínica.

Novamente foi minha mãe que precisou ligar para a minha médica. Ela já não demonstrou preocupação com o hematoma, dizendo que era comum acontecer, mas ficou preocupada do embrião não ter aparecido. Me indicou um remédio (Utrogestan) que ajuda a evitar o aborto e me pediu que fizesse outro ultrassom com ela na semana seguinte, afinal eu já estaria com 7 semanas. Foi uma semana de muita aflição.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Da felicidade ao início da ansiedade

Estávamos super felizes com a notícia da gravidez! Contamos apenas para os pais e irmãos, queríamos esperar os 3 meses para contar para as outras pessoas. A médica pediu para aguardar estar com 7 semanas para fazer o ultrassom, pois antes corria-se o risco de ainda não dar para ver o embrião.
 
Já estávamos com uma pequena viagem para o Rio marcada para comemorar nosso aniversário de casamento. A médica disse que não havia problemas, então fomos. Tudo ficou voltado para a gravidez recém descoberta. Verificar o que eu poderia ou não comer, meu marido cheio de cuidados, não querendo que eu fizesse nenhum esforço. Finalmente estávamos vivendo o que tanto sonhávamos e não queríamos que nada desse errado.
 
Mesmo com todos os cuidados, tive um pouquinho de sangramento escuro e fiquei muito preocupada. Liguei para a médica e ela me disse que era normal, que se saísse sangue vermelho vivo seria motivo para me preocupar. De qualquer forma não ficamos tranquilos e reduzimos ainda mais o ritmo na viagem. Agora era esperar a data de poder fazer o exame para verificarmos se realmente estava tudo bem. A felicidade já começava a se misturar com a ansiedade...

segunda-feira, 6 de abril de 2015

O recomeço e a boa notícia

O hormônio só foi regularizado em meados de novembro/13. Como já havia passado o período fértil, o primeiro mês de tentativas foi dezembro. Já havia se passado um ano desde que decidimos começar a tentar engravidar. O importante é que não foi preciso fazer iodo, que eu estava curada do câncer (faria acompanhamento  por alguns anos, mas era o que tudo indicava) e pronta para recomeçar. 

Foram meses tensos, já que eu estava ansiosa para engravidar logo depois de toda essa espera. A fase da neurose voltou com força total! Seguia tudo o que lia que diziam ajudar a engravidar.  Passaram-se alguns meses e nada! Por fim eu perdi a paciência e resolvi que a hora que tivesse que ser seria. Não relaxei completamente, mas consegui me desligar um pouquinho.

No dia do nosso aniversário de casamento de cinco anos já era para a menstruação ter chegado e resolvi fazer um teste. POSITIVO!!!!!! Escrevi de batom na minha barriga "parabéns papai", tampei com a blusa e disse ao meu marido que tinha um presente pelo nosso aniversário. Quando mostrei a ele o que estava escrito foram lágrimas e risos e abraços! Não cabíamos de tanta felicidade!!!!! Finalmente teríamos nosso filho.