terça-feira, 5 de maio de 2015

E o pior foi confirmado

Com o medo da gravidez anembrionária rondando minha cabeça não conseguia nem mais curtir a gravidez. Como o ultrassom definitivo com a minha médica seria apenas na outra semana decidi marcar outro ultrassom antes dele com um médico muito conceituado para ter uma segunda opinião.
Esse médico já foi bem mais decidido e me disse que pelo valor do meu beta e pelo tempo de gravidez já deveria ter aparecido o embrião, que realmente era uma gravidez anembrionária.  Ele me disse que isso era mais comum do que se pensava e que não queria dizer nada, que não era nenhum problema comigo, que era completamente aleatório e que até o final daquele ano ele estaria fazendo meu ultrassom novamente para ver o meu bebezinho em uma próxima gravidez. Consegui me controlar um pouco para perguntar o que eu precisava, sobre os procedimentos a serem seguidos, sobre a curetagem, mas foi só sair pela porta que desabei de chorar. Toda a esperança que eu tinha cultivado não foi mais que uma ilusão e eu não teria o meu bebê. Ainda hoje escrevendo sobre isso sinto uma imensa dor ao lembrar desse dia e dessa época.
 
Alguns dias depois fiz o ultrassom com a minha médica, mas eu já sabia o resultado e não esperei por nada diferente. Ela me orientou a aguardar por um tempo em casa para ver se o aborto aconteceria normalmente para evitar a curetagem. E assim eu fiz. Sangrei por cerca de 15 dias passei por um sofrimento que não desejo a ninguém. Mesmo assim quando fiz o ultrassom para ver se tinha saído tudo não tinha e eu precisaria fazer a curetagem...